segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cannes 2012: “Cosmópolis” é história poderosa sobre os rumos da civilização, dirigida por Cronenberg

Adaptado de romance de DeLillo e estrelando Robert Pattinson, novo filme de Cronenberg é uma das grandes apostas para a Palma de Ouro de 2012.



Com Cosmopolis, o diretor David Cronenberg mantem viva sua fama de adaptar para as telonas livros “impossíveis de adaptar”. Depois de dirigir Crash, baseado em livro de J. G. Ballard, e Naked feast, adaptação de William S. Burroughs, chegou a vez de Cosmopolis, escrito pelo autor ítalo-americano Don DeLillo.

A história apresenta um dia (talvez o mais importante) na vida de Eric Packer, um jovem milionário obcecado com a ideia simples: cortar o cabelo em um barbeiro, do outro lado de Nova York. A metrópole vive o caos, o desmantelamento do capitalismo, e o rapaz a atravessa com sua limousine branca enquanto assiste a ruína de seu império.

Além de passar-se quase inteiramente no interior da limousine, o romance era tido como impossível de adaptar por seu estilo literário singular, em que as vozes sobrepõem-se em uma uníssona profecia sobre a catastrofe que se aproxima. Contudo, Cronenberg utiliza-se de uma série de recursos cinematográficos — da mistura de gênero ao diálogo com outras artes, como os quadros que acompanham os créditos de abertura — para reproduzir esse efeito.

Cronenberg, aliás, não pode ser considerado exatamente um novato em Cannes: depois de levar o Prêmio do Júri, por Crash (1996), em 2006 ele recebeu o Carrosse d’Or, prêmio especial pelo conjunto da obra.

De Crepúsculo para Cannes (parte I)


“No início, eu queria Colin Farrell para o papel principal” — David Cronenberg”


Apesar do diretor célebre e da história marcante, um dos aspectos de Cosmopolis que está gerando mais controvérsia é a escolha de Robert Pattinson — famoso por interpretar Edward, o vampiro-galã da saga Crepúsculo — para viver Eric Packer.

Assim como sua namorada e par romântico de Crepúsculo, Kristen Steward, Pattinson está sofrendo questionamentos sobre sua maturidade como ator para assumir um papel tão denso. O próprio diretor admitiu, para a imprensa, que inicialmente não pensava em escalar um ator tão novo.

“No início, eu queria Colin Farrell para o papel principal” — David Cronenberg”"No início, eu queria Colin Farrell para o papel principal, e Marion Cotillard para viver Elise, a esposa de Eric Packer”, contou Cronenberg. “Mas Farrell não tinha espaço na agenda, e Marion estava grávida. Então mudei o roteiro, ajustando para um ator mais novo, o que é mais fiel ao livro.”

Robert Pattinson também mostrou-se hesitante em interpretar Packer de início. “Não me via no papel”, disse o ator. “A primeira vez que falei com David [Cronenberg], foi exatamente o que disse a ele, que não visualizava nada, e ele achou que isso era uma coisa boa.”

Ambos admitem que o papel era extremamente complexo — tanto pela omnipresença de Packer ao longo do filme, quanto pela complexidade do papel. “Foi perturbador interpretar um personagem que não sofre a evolução mais óbvio ou mesmo segue o caminho mais previsível.”





FONTE// FalaCultura

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