sexta-feira, 3 de agosto de 2012

►Bel Ami com Robert Pattinson - Quem nunca foi um Bel Ami?

►Este é um daqueles filmes que fascinam. Mas se o caro leitor espera por um Robert Pattinson parecido com os da Saga Crepúsculo, está meramente enganado.


►A história!

Durante a década de 1890, em Paris, Georges Duroy (Robert Pattinson) transita entre os bares mais imundos e os salões mais opulentos. Ele usa seu poder de sedução para tentar sair de sua situação social precária e conquistar a riqueza, neste mundo em que a política e a mídia brigam pelo poder, onde o sexo é uma arma e a fama é uma obsessão. Entre os alvos de Duroy estão algumas das mulheres mais influentes da sociedade da época, como Virginie Walters (Kristin Scott Thomas), Madeleine Forestier (Uma Thurman) e Clotilde de Marelle (Christina Ricci).

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Assim Duroy torna-se conhecido pelo nome de Bel Ami, ao mesmo tempo em que conquista o cargo de jornalista no respeitável La Vie Française, obtendo sucesso e lançando sua carreira. Mas ele deverá aprender a lidar com a dura realidade da sociedade corrupta em que vive, com os colegas traidores, amantes manipuladoras e empresários pouco confiáveis. Duroy deve provar que ele é capaz de ser um dos melhores sedutores, mais chantagistas e mais ambiciosos. Adaptado do famoso romance de Guy de Maupassant, Bel-Ami é uma história plena de cinismo, mas também da alegria que representava a cidade de Paris, um local onde todos os sonhos eram possíveis.

A sinopse não faz juz ao roteiro. Nenhum pouco. A começar pela tradução no Brasil de O Sedutor. De Sedutor Duroy não tem nada. Ele começa como uma pessoa sem chances na vida e que se sente grato pela sorte do destino ao encontrar o seu antigo amigo de Guerra.

Aos poucos ele é introduzido no mundo burgues da época, onde conhece Madeleine, interpretada magistralmente por Uma Thurman e depois ele se torna amante de Clotilde, vivida por Christina Ricci.

Este mundo fechado por homens que falam de homens e guerras de homens contra homens, como bem dito por Clotilde, é a fachada para que as mulheres sejam a peça fundamental desta história.

Madeleine é a cabeça de tudo. Uma mulher inteligente e politizada. Virginie, a esposa do dono do jornal. Ambas mulheres que pensam e fazem por seus maridos, enquanto eles apenas desfrutam de um nome que jamais teriam se não fosse a sagacidade de suas esposas.

E é neste mundo que Georges Duroy é levado. De achar que é um homem de sorte, para começar a ser uma peça nas mãos de homens e mulheres que desejam algo dele.

O filme começa escuro, com um Georges Duroy acabado, sujo e sem esperanças. A trilha sonora mostra isto muito bem. E aos poucos, o brilho do filme mostra um Duroy mais limpo e cheio de esperanças.

É uma verdadeira Valsa. O espectador se sente levado pelos personagens. E quando pensa, assim como Georges Duroy que é ele quem leva sua parceira, descobre que novamente está sendo conduzido.

Este não é uma história para pessoas que gostam de mensagens lindas e maravilhosas em seus finais. Ele mostra a natureza do homem. E como tal, a natureza do homem não tem nada de bonita muitas vezes.





Fonte aumanack  //  EternoTwilight

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