sábado, 4 de agosto de 2012

►Crítica de Bel Ami no encarte do "Rio Show" do Jornal o Globo ►Com pouco sangue nas veias



►Com pouco sangue nas veias

Georges Duroy aprende desde cedo a não subestimar as mulheres. No mundo aristocrático da Paris de 1890, elas podem ser mais influentes do que o posto de passivas esposas de homens endinheirados faz supor. Determinado a nunca mais enfrentar a pobreza, ele abre mão dos escrúpulos para ascender socialmente. E as mulheres despontam como um oportuno caminho.

Não por acaso, Duroy procura conciliar prazer e ambição ao se envolver com as abastadas Madeleine Forestier, inicialmente a mentora de suas artimanhas; Clotilde de Marelle, a única por quem nutre interesse sincero; e Virginie Roussett, que seduz e depois dispensa de forma implacável. Duroy é um personagem vazio. Mas o filme, de Declan Donnellan e Nick Ormerod e inspirado no livro homônimo de Guy de Maupassant, não precisaria ser. “Bel ami” passa sem deixar marcas. Os venenosos bastidores do poder evocam o infinitamente superior “Ligações perigosas” (1988), de Stephen Frears. O contexto político é anunciado, mas não ganha real importância no roteiro. Resta ao público se contentar com um elenco competente (mais as atrizes Uma Thurman, Kristin Scott Thomas e Christina Ricci do que o galã Robert Pattinson) e uma produção caprichada, conduzida por trilha sonora quase onipresente.

Fonte rioshow oglobo

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