quinta-feira, 20 de setembro de 2012

►ParaNorman presta homenagem animada aos clássicos de terror



George Romero, diretor de “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968), fez fama e construiu sua carreira ao reinventar os filmes de zumbis como forma de crítica social ao american way of life e seu consumismo desenfreado. Ainda que voltada ao público infantil, a animação “ParaNorman” também se utiliza do gênero para fazer a sua crítica que, nesse caso, é atualizada para seu público: sai o consumismo e entra o medo excessivo, principalmente do desconhecido. Não por acaso, Romero é uma das principais referencias dessa nova animação do estúdio Laika, mesmo responsável por “Coraline e o Mundo Secreto” (2009).

 

O letreiro inicial que apresenta “a nossa atração principal”, típico de filmes B dos anos 1950, já indica as referencias que serão mostradas a seguir. Referencias que, por sinal, são a paixão do personagem Norman, um garoto deslocado, fã aficionado de terror, e que consegue falar com os mortos. Quando o aniversário da bruxa que assombrou sua cidade séculos antes se aproxima, Norman precisa utilizar o seu conhecimento do oculto para tentar salvar a todos antes que um grupo de zumbis se levante do túmulo para vingar a morte da feiticeira.



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Demonstrando domínio da linguagem cinematográfica, os diretores Chris Butler (que estreia na função, após trabalhar na arte de “Coraline” e “A Noiva Cadáver”) e Sam Fell (“O Corajoso Ratinho Despereaux”) usam com criatividade diversos recursos narrativos para contar sua história. Reparem como no início da projeção os rostos dos pais de Norman não são mostrados – eles são enquadrados apenas do pescoço para baixo –, ilustrando assim o deslocamento do personagem em relação àquele lar. Por outro lado, o rosto da avó de Norman é mostrado já no começo do longa, visto que ela (por motivos que logo são explicados) é a única que entende a situação do garoto. Além disso, a dupla de cineastas merece destaque ao criar uma belíssima – e impressionante – sequência que mostra o personagem andando pela rua falando sozinho.

 

Fazendo bom uso do humor negro, necessário para esse tipo de história, o roteiro é repleto de diálogos divertidos – como quando o pai diz que se morrer “eu volto e assombro ele. Quem sabe assim ele me escuta”. Além do mais, as referencias a Romero se fazem notar o tempo todo, principalmente quando vemos as pessoas agindo como zumbis, sem perceber que, de fato, os zumbis já estão entre eles. E nada é mais engraçado do que ver os mortos-vivos com medo da realidade atual: “Os zumbis voltaram para nos levar para o além. Precisamos detê-los antes que fujam”. Apesar de perder um pouco de ritmo no final, quando a narrativa antes contida se torna grandiloquente, “ParaNornan” é um ótimo exemplo de desenho inteligente e divertido. Deve agradar as crianças, mas, com certeza, quem vai gostar mais é o público que cresceu assistindo filmes de terror.

FONTE  // POSTADO eternotwilight






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