sexta-feira, 21 de setembro de 2012

►Toronto 2012: Uma conversa franca com Kristen Stewart e Garrett Hedlund (Vídeo)



As estrelas de “Na Estrada” discutem seu inicio em Hollywood, amor e romance no clássico de Jack Kerouac, pensamentos sobre a faculdade e as dificuldades de viver aos olhos do público.

Toronto – Menos que 48 horas atrás, eu passei um bom tempo com duas das mais brilhantes  jovens estrelas de Hollywood, Garrett Hedlund e Kristen Stewart. As duas estrelas atuam como alguns dos espíritos livres de Dean e LuAnn na adaptação feita por Walter Salles da Obra clássica da geração beat de Jack Kerouac, Na Estrada. Eles vieram a cidade para participar da Estréia Norte Americana no Festival Internacional de cinemas de Toronto na quinta feira a noite. Na Sexta e Sábado, eles concederam uma pequenas entrevistas no Hotel InterContinental.
Apesar de que a vida pessoal de um desses atores foi recentemente o assunto mais falado da mídia, ninguém me pediu e eu não teria concordado em consentir com nenhum preconceito com essa entrevista. Ao invés disso, eu simplesmente prossegui com assuntos que eu senti ser mais importantes e interessantes – e veio a sensação de que essa maneira de aproximação tinha sido recompensada com respostas com detalhes incomum e franqueza.

►‘Inicio

Hedlund, 28 anos, nasceu em uma pequena cidade de Minnesota. Cresceu em uma fazenda, sua TV só pegava alguns canais de televisão. Ele obedientemente assistia os programas até o último momento dos créditos, Eles passavam em letras pequenas o endereço do estúdio que produzia os programas, no qual ele escreveria cartas aos estúdios pedindo a eles para o colocar em seus filmes. Depois de seus pais se separarem, ele dividia seu tempo entre Minnesota (onde seu pai ficava) e Arizona (onde sua mãe vivia agora), e ainda conseguiu prender um agente de talentos em uma convenção.
Sua primeira apresentação: um comercial no qual ele interpretou um valentão que usava uma bandana e chutava a cadeira de uma colega de classe. Mas depois de se graduar no ensino médio, ele fez suas malas e foi para LA, onde, depois de algum tempo, sua boa aparência e boa conduta no trabalho lhe rendeu trabalhos em filmes como Troy (2004) de Wolfgang Petersen,  Friday Night Lights (2004) de Peter Berg, e Four Brothers (2005) de John Singleto. Em 2010, ele se tornou uma estrela plenamente desenvolvida graças aos dois filmes: TRON: Legacy de Joseph Kosinski e Country Strong de Shana Feste.




Stewart, 22 anos, por sua vez, esteve próxima do show business por toda sua vida. Ela nasceu e cresceu em Los Angeles. Sua mãe é uma supervisora de roteiro; seu pai é um gerente de palco e produtor de televisão. E, como ela explica, “Eu cresci em um set de filmagens. Eu estava sempre chutando os objetos do set, e os amigos da família dos meus pais sempre eram diretores dos filmes”. Ela compartilhou uma lembrança particularmente e visceral de sua infância: Eu sempre adimirei muito meus pais. Eles chegavam em casa do trabalho e eu cheirava seus jeans – nesse ponto você está naquele nível, 5 anos de idade, de se agarrar nas coxas dos pais – e eu era como, “Uau, você cheira como se tivesse estado em vários lugares”...  Isso foi o que me fez começar; Eu realmente queria fazer coisas. Eu queria muito fazer parte daquilo. Eu queria que os adultos conversassem comigo”. Como uma atriz infantil, ela começou em comerciais, e depois foi para alguns filmes para a TV e filmes independentes, antes de marcar sua grande oportunidade aos 12 anos: com a vencedora de dois Oscars: Jodie Foster no “Quarto do Panico” (2002) de David Fincher.  No qual abriu portas para tudo que se seguiu.

►‘Primeira percepção do impacto que eles poderiam ter

Ambos os atores tem memórias claras do momento quando eles perceberam o poder que a profissão deles poderia exercer.
Pouco depois de fazer 13 anos, Stewart ganhou o papel de protagonista em um filme chamado Speak (2004), sobre uma garota que sofre um estupro e que a deixa traumatizada, no qual acabou por ser exibida no Lifetime. Ela gravou um anúncio público para ir ao ar antes do filme e subsequentemente soube que isso tinha tido um fluxo muito grande de pessoas ligando. Ela relembra, “Eu estava como, ‘wow, essa coisa que ficou tão completamente em minha própria cabeça tem afetado muitas outras pessoas também, e eu percebi, depois de uma experiência que foi tão transformativa, que isso poderia ajudar outras pessoas também. Não é por isso que eu faço isso – é definitivamente uma coisa pessoal –mas filmes podem ser importantes; eles não tem que ser, mas eles realmente podem ser.”
Para Hedlund, o momento veio depois que ele gravou Friday Night Lights. Berg conhecia muitos dos jogadores do time que inspirou o filme, muitos deles tinham terminado severamente machucados e até mesmo paralizados, então ele trouxe Hedlund e as co-estrelas Billy Bob Thornton. Tim McGraw e Derek Luke com ele para visitar alguns deles no hospital. Um, em particular, era um grande fã de Luke, e Hedlund relembra, “Cara, ele ficou muito emocionado. Ele não conseguia acreditar que ele estava bem em frente dele. Isso fez ele chorar. Você tem que ver o quão emocionalmente efetivo isso pode ser. Isso foi também quando eu percebi que eu queria fazer isso pelo resto da minha  vida.”

►‘Os papeis de seus sonhos

Hedlund e Stewart eram ambos fãs apaixonados do romance de Kerouac bem antes de serem cogitados a estarem no filme. (Stewart até tinha uma cópia no painel do carro dela.) Eles estavam em êxtase, como você pode imaginar, quando Salles ofereceu a eles os papéis de Dean e Marylou, respectivamente. Nesse tempo, A vida e carreira deles estavam em lugares muito diferentes.
O roteiro foi enviado a Hedlund no outono de 2006 e ele se encontrou com Salles pela primeira vez na primavera de 2007. Não muito tempo depois, porém, ele comprou uma passagem só de ida para Minnesota “Porque os tempos estavam muito lentos” Ele estava planejando ajudar seu pai na fazenda, mas assim que ele pousou em Fargo ele recebeu uma ligação do seu agente dizendo que Salles queria encontrá-lo novamente em quatro dias, para um teste mais adequado.
“É agora” ele relembra, “Eu tive que dirigir três horas para a minha cidade, ficar um dia lá e dirigir de volta.” Ele ganhou o papel depois de aparecer no teste não somente tendo decorado todas as suas falas, mas também depois de ter lido um trecho do que ele tinha escrito sobre a sua própria e recente jornada na estrada.
Stewart, 16 anos na época em que foi escalada, tinha sido recomendada para Salles por dois de seus mais confiáveis, o notável diretor Alejandro Gonzales Inarritu e o compositor Gustavo Santaolalla, depois que eles viram o filme de 2007, Into the Wild. (Stewart relembra sobre esse filme, “Eu era um bebê”.) Ela se encontrou com Salles “um pouco antes” que ela gravou o primeiro filme da saga Crepúsculo. Ela diz, “Eu não posso nem te dizer sobre o que a gente conversou; alguma coisa – uma energia – passa pelas pessoas quando você sabe que vocês amam alguma coisa pelas mesmas razões. E ele me disse que eu poderia fazer isso – naquele dia. Cara, isso me disparou.” Ela explica que, até aquele momento, ela só tinha interpretado personagens que de alguma forma era como ela. “Eu realmente ainda não tinha começado a arranhar a superfície da descoberta”. (Ela, também, fez uma longa viagem de carro antes de começar a trabalhar no filme, indo de Los Angeles a Ohio com alguns amigos.)

►‘Celebridades, para o que der e vier

Ao longo do percurso do período de desenvolvimento excepcionalmente longo de Na estrada, no qual no período de encontrar e reter financiamentos foi um pesadelo constante, as vidas de Stewart e Hedlund ambas mudaram imensamente. O primeiro filme dela de Crepúsculo tinha saído, empurrando-a para o mundo das celebridades. E ele, depois de ter recusado todos os outros papéis por dois anos para evitar um possível conflito com Na estrada, finalmente começou a trabalhar em outros filmes, no qual também rapidamente o tornou uma figura pública conhecida.  Em resumo, ambos estavam perdendo o seu anonimato e a capacidade de viver uma vida normal, assim como eles estavam prestes a retratar personagens que apreciavam a sua própria capacidade de conduzir as suas vidas completamente em seus próprios termos.
Isso não passou despercebido por eles. Stewart, que lamenta que a sua capacidade de permanecer anônima entre os estranhos começou a evaporar antes mesmo de ser uma adolescente – “Eu fiz um comercial,  e as crianças sabiam sobre isso na escola, então eu já me sentia como se eu tivesse perdido isso aos 10 anos, o que um absurdo – e totalmente auto-infliigido” – diz, “eu acho que isso provavelmente tinha muito a ver com o porque que eu era atraída para algo como isso – não fundamentalmente, mas uma coisa que a tornou desejada.” Ela continua falando que no set, “Eu realmente tive que começar viver, tipo um pouco despreocupada. Não cada segundo obviamente – Teve algumas vezes que eu estava tipo, ‘Eu realmente espero que não estejamos sendo fotografados agora’... mas, ao mesmo tempo, com essas pessoas, eu era capaz de mostrar a minha cara – é a única maneira que eu posso descrever isso.”
Hedlund diz, “Eu não tenho medo de viajar sozinho, de sentar em um bar sozinho, ou sentar em algum lugar sozinho, e conversar com as pessoas, e ver quais são suas histórias.” Stewart não aprecia mais essa mesma luxúria, mas diz que o filme “realmente levou embora muito dos seus medos,” Ela diz que isso a lembra de “Reconhecer sua posição na vida e não tente ter a vida de outra pessoa.” Ela continua, “Você só está olhando através de uma diferente perspectiva. E eu tenho que falar que é uma bem interessante.”

►‘Amor por aprender

Uma coisa que se tornou bem claro pra mim é o quão muito Stewart e Hedlund queriam fazer isso certo.  Ambos participaram de uma preparação de um período de 4 meses antes de começarem a gravar.
Eles liam trechos e assistiam filmes da época, ouviam entrevistas com LuAnne Henderson (a inspiração para o personagem da Kristen); visitaram John Cassady, o filho de Neal Cassady (a inspiração do personagem de Hedlund). Geralmente ficavam confortáveis uns com os outros, no qual se provou instrumental em eliminar – ou pelo menos reduzir – seus medos e inibições sobre as cenas que seriam “constrangedoras para, bem, qualquer pessoa” (uma referência provável à suas extensas cenas de nudez no filme).
Depois de ouvi-los falar sobre o quanto e eles amaram fazer tudo isso, e aprender sobre coisas novas, eu não pude aguentar e perguntei se eles tinham algum plano futuro para faculdade. Afinal, Hedlund saiu da faculdade assim que ele começou a trabalhar e Stewart teria se formado esse ano. Stewart diz, “Eu sempre fui boa na escola – e eu nunca imaginei que não iria para a faculdade.” Ela continua “O que eu sei é que quando eu era mais nova era que eu queria saber se eu iria ser desafiada, e eu sou.” Além do mais, ela adiciona “A coisa mais importante para mim sobre atuar é que você não está fingindo ser outra pessoa; você está só encontrando a si mesma.”
Pelo som dessas respostas, talvez Stewart e Hedlund tenha mais coisas em comum com os personagens que eles retratam em Na Estrada do que eles imaginam.
A minha foi a última intrevista deles, então foi permitido passar do horário. Eu agradeci a eles, saímos em caminhos diferentes, e eles – eles estavam de volta na estrada.

FONTE  // VIA // POSTADO eternotwilight

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