segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Siills e Análise do drama Adore “Paixões Proibidas” com Xavier Samuel

“E se te apaixonasses pelo filho da tua melhor amiga?”.

É com esta questão (retórica?) que se inicia “Paixões Proibidas”, um filme destinado chocar os espectadores na forma como trata as relações amorosas que se distanciam do convencional.

Lil (Naomi Watts) e Roz (Robin Wright), são duas grandes amigas de infância que partilham tudo uma com a outra, mesmo já vivendo a meia-idade. Tratam-se como se fossem irmãs e apoiam-se mutuamente nos mais diversos momentos. Mas na deserta paisagem australiana, e na ausência dos seus maridos (Lil é viúva, enquanto o marido de Roz está ausente em trabalho, em Sydney), acabam por se apaixonar pelos filhos uma da outra (interpretados por James Frecheville e Xavier Samuel).



Com receio de enfrentar a ira e o julgamento da comunidade, elas decidem, durante anos, manter as duas relações em segredo, até a sua descoberta ameaçar dividir as vidas e as famílias dos dois jovens.

Infelizmente, em certo ponto a adaptação do conto do livro “The Grandmothers“, de Doris Lessing, não se torna eficaz.

O rumo que toma no ato final leva-nos a questionar a verosimilhança que apresentou no início. O jogo erótico daqueles pares amorosos e o amor carnal e fantasioso que os une dá lugar a uma sequência de acontecimentos pouco credíveis que coloca em causa a nossa capacidade de acreditar no que está a acontecer. E, eventualmente derivado de algumas situações menos comuns, alguns risos tímidos se poderão soltar na sala de cinema, mesmo que as cenas que os originam sejam tudo menos cenas cómicas. Esses sorrisos estão enraizados no ridículo que alguns remates no enredo atingem, e que a certa altura, para além de misturarem relações que já existiam, ainda adicionam a constituição de família por parte dos protagonistas masculinos.

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Em vez de aproveitar o seu potencial dramático, “Paixões Proibidas” prefere continuar a provocar o choque que o seu tema acarreta. E em vez de uma evolução gradual e ousada dos sentimentos que os quatro protagonistas transportam, vemo-nos envolvidos em melodramatismo barato que desaproveita a oportunidade de nos comover com a fatalidade dos amores proibidos.

James Frecheville e Xavier Samuel também não ajudam a credibilizar o argumento. Embora a sua presença física se assemelhe àquilo a que as suas mães apelidam de “Deuses”, o subplot que interpretam não traz grande complexidade dramática.

Para diferente – e para melhor – são as interpretações femininas. Noami Watts é frágil e emotiva e Robin Wright está recheada de subtilezas clássicas (características trazidas da sua personagem em “House Of Cards”). Não enchem completamente o ecrã, mas assumem duas prestações inseguras e intensas, como o argumento pedia.

Apesar de todos os seus defeitos, não podemos descurar a realização de Anne Fontaine. A sua visão feminina da história incute na câmara a sensibilidade e densidade dramática que permite explorar com algum sucesso as dificuldades deste tipo de relações – o envelhecimento das personagens femininas, a possibilidade de os rapazes encontrarem um novo amor. E sabe combinar também a paz das belas paisagens australianas com a guerra que se dá nos corações dos personagens.

Nota final para o título em português. São raras as vezes onde um título português supera o original (Adore/Two Mothers). “Paixões Proibidas” representa os amores infortunados do filme de Anne Fontaine, mas sobretudo a inquietação que provoca numa audiência que, em pleno século XXI, não está habituada a que lhe apresentem situações que fujam à sua zona de conforto.

STILLS

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