Kristen Stewart Em Gifs Do Novo Trailer De Clouds of Sils Maria

Como já foi publicado anteriormente o novo trailer do drama “Clouds of Sils Maria”, dirigido pelo cineasta francês Olivier Assayas e estrelado por Kristen Stewart, Juliette Binoche e Chloe Moretz. Agora trago vários gifs e Screencaps do vídeo como também uma resenha que vale apena ler.

Na drama “Clouds of Sils Maria”, os papéis se cruzam e entrelaçam de uma forma assustadora. A vida se mistura com a tela e pelo cinema afora, (con)fundindo realidade com ficção. É assim porque uma simples assistente repassa o texto com Maria, mas também vemos Kristen Stewart em cena com Juliette Binoche, o que enlouquece – e literalmente – a todos. Com Oscar, Palmas e milhares de prêmios, Binoche é senão Helena diante de Stewart. Outrora estrela do CREPÚSCULO, 24 anos, agora ela é a Sigrid que rouba a cena e leva tudo. E ao fundo, é outra jovem, Chloë Moretz, 17 anos, estrelinha trash e hollywoodiana que divide a tela com Binoche… Seria intenção? Seria coincidência? O fato é que desta metalinguagem, que reside tanta traição e perfeição.

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Antes de tudo, SILS MARIA é um lugar magnifico, uma aldeia encravada nas montanhas da região de Engadina, nos Alpes suíços. Um lugar de fenômenos naturais deslumbrantes, de poderosos “ventos de Maloja”, o grande deleite dos surfistas, marinheiros e velejadores, mas também um verdadeiro quebra-cabeça, o tal “vento contrário” ou um “vento noturno soprando dia” que, consigo, traz a temida “serpente de Maloja”, gorda e branca, famosa e incomum, que se arrasta pela estreita faixa de nuvens ao longo das montanhas. Sinal de mau tempo.

E é também o lugar onde Maria Enders vai homenagear o diretor que lhe revelou há vinte anos. Na época, em cena, ela foi Sigrid, ambiciosa, jovem e tão perturbadora que causou o suicídio de uma mulher mais madura, Helena. Mas hoje, sinais do (mau) tempo, o cineasta planeja inverter os papéis: Maria será Helena, sim, pela honra de seu mestre, mas também sem saber o preço que pagará por tal lealdade.

Então, Olivier Assayas nos embarca nessa tempestade. Uma história que nos cai sobre a cabeça como um telhado de uma casa depois de um terremoto. Donde escapar desse rugido que desaba dos altos vales psicológicos, dessa avalanche que ganha tudo em seu caminho, sem qualquer chance para os personagens ou seu publico, é praticamente impossível.

Aqui, Assayas é “A MALVADA” que com força descomunal nos oferece múltiplos níveis de leitura, fantasia e realidade. Nessas entrelinhas e reticencias, seu discurso coloca as três atrizes no abismo, o trabalho de cinema (no teatro?) e teatro (no cinema?), sempre com classicismo intemporal e modernidade factual. Nesse ultimo nível, a serpente (de Maloja?) desliza por relações sutis de dominação/dominados, sedução/seduzidos, por muita fofoca, muitas pontes, o duelo enervante entre Stewart/Binoche. Sim, são os ventos terríveis da mudança. Sinais do mau tempo? Não, excelente tempo, ao menos de projeção.

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