domingo, 25 de novembro de 2012

►Kristen Stewart e Stephenie Meyer despedem-se da épica era Twilight


Mesmo depois de todo este tempo, a autora Stephenie Meyer, a mórmon e mãe de três filhos que se tornou uma sensação literária instantânea em 2005 com a publicação do seu romance para jovens adultos Crepúsculo, não consegue explicar o fenómeno que rodeia o grandioso romance entre o vampiro Edward Cullen e a adolescente humana Bella Swan, personagens interpretadas no cinema por Robert Pattinson e Kristen Stewart.

“Não sei o que faz com que as pessoas o adorem, não sei o que faz as pessoas odiá-lo”, diz Meyer, confortavelmente sentada numa suite num hotel em Beverly Hills. “Mas sei que a sensação de estar apaixonado é boa. Queremos sentir essa emoção.”

“Sempre disse isso”, diz Stewart a Meyer, sentada ao seu lado. “Não é como se estivéssemos a ver duas pessoas, ou a ler duas pessoas. Sentimos que o estamos a fazer. É raro.” Não há dúvidas que Crepúsculo é uma jóia rara: um franchise de livros e filmes que atiça uma espécie de fogo inextinguível entre a sua base de fãs, em grande parte feminina. Esse séquito tem sido tão considerável e fervoroso que os twi-hards, como são chamados, ajudaram a transformar o conto sobrenatural de Meyer num negócio de 1,9 mil milhões de euros, provando que os contos focados nas raparigas podem ser forças poderosas nas bilheteiras.

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Com a quinta, e presumivelmente a última, entrada nos cinemas (estreia esta quinta-feira em Portugal), A Saga Twilight: Amanhecer Parte 2 , Meyer e Stewart parecem partilhar uma ligação que faz lembrar o elo entre os dois protagonistas. A sua proximidade tem origem no objectivo comum desta dupla improvável de assegurar que o seu amado material, com todo o seu melodrama, permanece intacto na sua tradução para o grande ecrã. Isso exigiu-lhes que lutassem com executivos dos estúdios cinematográficos, que queriam que a interpretação de Bella por Stewart fosse menos torturada, com detractores empedernidos que vilipendiavam as linhas narrativas sobrecarregadas e os sátiros da cultura pop que muitas vezes tornavam a franchise na sua própria punchline.

Quando conheceu Stewart, Meyer já tinha dado o salto de uma dona de casa do Arizona para autora na lista dos mais vendidos; a actriz era então uma jovem promessa, que construía a sua carreira sobretudo em papéis em filmes independentes. Nos anos que passaram entretanto, o estatuto e a influência de Meyer como autora para jovens adultos tornaram-se comparáveis aos de J.K. Rowling ou Suzanne Collins, embora os críticos nunca reagissem à sua escrita da mesma forma que os leitores mais entusiasmados.

Já Stewart, contudo, gerou a sua dose de aclamação – mesmo que nem sempre pelos filmes Twilight, que recebem críticas tépidas, mas mais por papéis pequenos e desafiantes como o que desempenhou em Into the Wild, de Sean Penn, ou a eminente adaptação do clássico da geração Beat Pela Estrada Fora, de Walter. E também suportou uma fama nos tablóides que nunca planeou ter, graças à sua relação intermitente com o seu co-protagonista Robert Pattinson.

Chegar ao final da saga foi particularmente satisfatório para a actriz, que parece agradada por poder levar Bella à conclusão feliz, embora algo complicada, do seu percurso – e de avançar para a próxima fase da sua carreira. “Estou tão pronta para ficar despachada”, disse a actriz de 22 anos. Realizado, tal como a primeira parte de Amanhecer, pelo oscarizado Bill Condon, Amanhecer Parte 2 começa com Bella Swan como uma vampira acabada de nascer e como mãe, cuja filha meio-humana, meio-vampira, Renesmee, ameaça desencadear uma guerra entre tribos de vampiros de todo o mundo.

A linha narrativa deu a Stewart a hipótese de dar uma nova dimensão a uma personagem que sempre se considerou comum e desastrada; com os seus poderes sobrenaturais, ela pode ser graciosa e bela, rápida como um relâmpago e letal. “Interpretei-a como humana por tanto tempo, por isso a versão melhorada dela para mim fiz todo o sentido”, diz Stewart, com as suas longas pernas dobradas sobre si no sofá. Meyer lembra-se de estar em frente dos monitores no local de filmagens quando Stewart filmou a sua primeira cena como Bella vampira, nervosamente à espera do resultado. “Estávamos a dançar ao pé dos monitores – ‘Olhem para ela!’”, lembra Meyer enquanto Stewart fingia sair da sala, por não querer ouvir o elogio. “Foi o levantar de um peso enorme. Não era uma personagem diferente. Era Bella, mas uma Bella completamente diferente. Foi tão excitante.”

Um final contestado

O romance Amanhecer, de mais de 700 páginas, foi lançado pouco antes da adaptação da realizadora Catherine Hardwicke ter chegado às salas em 2008. O livro foi recebido com controvérsia, mesmo entre os fãs mais leais de Meyer. O nascimento de Renesmee é uma sequência particularmente arrepiante – que Condon teve de navegar de forma cuidadosa para respeitar a classificação de maiores de 13 atribuída previamente ao filme nos EUA – e alguns leitores queixaram-se da escolha de Bella em levar a gravidez até ao final apesar dos óbvios riscos para a sua saúde. Também se resmungou contra um final que pareceu demasiado leve, demasiado anticlímax.

“Tive bastantes preocupações sobre fazer um filme de Amanhecer” disse Meyer, que tem a aprovação final dos guiões dos filmes Crepúsculo. “Havia muita coisa que eles queriam mudar. Havia graves problemas.”

A fidelidade em relação ao material de base em franchises como Crepúsculo é sempre motivo de preocupação – desviar-se demasiado do livro e os fãs, mesmo aqueles que não gostem muito do que está na página, gritarão “falta”. Mas foram a própria Meyer e a argumentista Melissa Rosenberg, que escreveu todos os cinco guiões dos filmes, que criaram um novo final, num jantar numa noite em Vancouver, durante a rodagem do segundo filme Crepúsculo, Lua Nova. Claro que nem Meyer nem Stewart revelam qual a nova conclusão da saga, mas Meyer acredita que a solução será bem acolhida pelos fãs.

O filme da vida real

Stewart e Meyer estão prontas para que Crepúsculo chegue ao fim. Os seus anos de domínio na cultura pop tiveram um preço para as duas, especialmente para Stewart, que parece resignada aos holofotes, embora não mais confortável perante eles. As duas discutiram o desejo do público de pôr as celebridades em pedestais para depois as deitar abaixo, bem como o ciclo noticioso de 24 horas que destruiu o mistério da estrela de cinema.

Stewart comparou o frenesim em que tudo parece ter de se saber com o desejo do público por mais um filme – filme que está a passar nas revistas, na rádio e na televisão, baseado nas vidas reais dos actores.  “As pessoas vão simplesmente escrever a versão cinematográfica da nossa vida e consumi-la da forma como desejarem. Eu também me inclino a entreter-me com isso, por isso vamos a isso. Tentem. Fiquei com isso. Fiquem com isso”, disse a atriz, puxando a camisola de caxemira. “Mas não sabiam nada sobre a minha relação antes. Agora sabem menos. Como podiam saber mais?”

FONTE//EternoTwilight

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