segunda-feira, 10 de setembro de 2012

►Crítica | Cosmópolis - A limousine passa a se transformar em uma espécie de realidade paralela onde um bilionário Eric Packer de 28 anos comanda seu império

1x1.trans Crítica | Cosmópolis


Um filme longo, intenso, complexo… não há como entender tudo, mas há bastante empenho em nos fazer mergulhar em uma atmosfera bastante particular e perturbadora! Esse é ‘Cosmopolis’, novo filme de David Cronenberg (Marcas da Violência, Um Método Perigoso) que estreia no feriado de 7 de setembro e mostra um lado de Robert Pattinson que ainda era desconhecido pelo grande público.

Trata-se de uma adaptação ao cinema do romance homônimo de Don DeLillo, publicado em 2003, que conta a história de um golden boy de Wall Street, especialista em finanças, que vive trancafiado em sua limusine blindada com o intuito de fugir das misteriosas ameaças de morte e do caos que domina as ruas de Nova York, onde pessoas estão revoltadas com a derrocada do sistema monetário do país.

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E é em seu carro luxuoso, que a maior parte da história, protagonizada por Eric Packer, se passa. Dentro da limousine, o personagem de Pattinson discute meios de não perder sua fortuna, faz sexo e receber diariamente seu médico para exames que ele considera de rotina. Mas num belo dia, Eric resolve atravessar a cidade apenas para cortar o cabelo em um barbeiro conhecido. A partir daí, a limousine branca passa a se transformar em uma espécie de realidade paralela onde um bilionário de 28 anos comanda seu império.
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O personagem vivido pelo vampiro Edward de Crepúsculo (2008), mostra um lado de Pattinson que de forma alguma poderia ser tão evidente em seus personagens anteriores. Ao longo da projeção, o ator faz um trabalho muito bom onde o vazio existencial e a relação superficial que Packer mantém com as pessoas se torna agonizante e quase que um último e iminente suspiro de vida prestes a destroçar a psiquê de seu personagem. Se antes o jovem encontrava certas limitações em suas interpretações, que exigiam menos de seu potencial como ator, aqui, este é um fator que pouco deverá ser julgado, pois ele o faz decorosamente bem. Prova disso são os elogios que Robert recebeu de seu diretor, que confirmou uma nova parceria com o ator em um futuro não muito distante onde irão  falar sobre a indústria do cinema.

E como não poderia deixar de ser, um bom filme de Cronenberg precisa ter sequências de tirar o fôlego ou que de alguma forma provoquem tensão na platéia. E isso ocorre quando o personagem de Pattinson é submetido a um exame de próstata dentro do próprio carro, enquanto não poupa elogios ao sex appeal da francesa Juliette Binoche (foto). Essa é,certamente, o ato mais marcante que ficará na memória dos cinéfilos como sendo a aposta do diretor em declarar descaradamente sua obsessão por classificar o corpo do homem como o centro de toda a fragilidade sobre o mundo simultâneo.

No aspecto técnico, essa é a primeira experiência do cineasta canadense com câmeras digitais, onde ele cria com perfeição um ambiente claustrofóbico para a projeção, que também foi roteirizada pelo próprio.

Através de uma atmosfera onde um mundo controlado e insonorizado serve de pano de fundo para além de uma crítica ao capitalismo, e muito mais uma análise complexa de um ser-humano, Pattinson e Cronenberg marcam uma parceria bastante interessante e que certamente levará o público a diversas reflexões e análises sobre o que deixou na sala escura antes mesmo que pudesse voltar a não tão distinta realidade em que vive.

FONTE portaldasnoticias // eternotwilight

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